terça-feira, junho 02, 2009

Yves Saint-Laurent

EXATAMENTE HOJE, PRIMEIRO DE JUNHO, FAZ UM ANO QUE A MODA PERDEU UM MESTRE MAIS QUE UM CRIADOR DE ROUPAS. O COSTUREIRO INAUGUROU ESTILO PRÓPRIO AO APONTAR SOLUÇÕES PRÁTICAS PARA A MULHER DA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX.

Aos 14 anos, Yves Saint-Laurent declarou que um dia seu nome brilharia em letras douradas na Champs-Élysées, como se pudesse le o futuro. Arnaquista estético, entrou para a história ao olhar a moda como artee ser porta-voz do prêt-à-porter. O smoking feminino e a saharienne são algumas de suas criações que integram o rol de referências obrigatórias para as novas gerações de fashion designer. O estilista morreu no dia primeiro do último mês, aos 71 anos, em consequência de um tumor cerebral.
Assim como Chanel e Dior, Saint-Laurent revolucionou a moda no século 20 com seu talento mas, sobretudo, por se colocar a serviço das mulheres modernas. Foi pensando nelas que desenvolveu um guarda-roupa básico para o dia, tendo a calça como ícone, além de trenchcoats e jaquetas de marinheiro. Sua fama, entretanto, começou bem antes, aos 21 anos, quando assumiu a direção criativa da Maison Dior, após a morte de seu mestre. Suas primeiras coleções, em especial a Trapézio, renderam-lhe fama mundial e o apelido de "menino prodígio".
A logomarca com as três letras entrelaçadas ficou conhecida poucos anos mais tarde. Era 1962 quando Yves Saint-Laurent associou-se ao empresário Pierre Bergé para criar a marca que leva seu nome. Em 1966 sua ousadia fez com que a casa de alta-costura fosse a primeira a apostar no prêt-a-porter, ideia vinda da americana read-to-wear, cujo princípio era democratizar a moda. Nascia, assim, a linha Rive Gauche.
Tímido e reservado, dizia que a criação nada maisé que uma maneira nova de olhar as mesmas coisas. Talvez por isso tenha trocado o manequim de ateliê por uma modelo viva na hora de dar forma aos vestidos. Seu perciosismo resultou em linguagem única, marco na hist´ria da indumentária contemporânea. Nada mal para quem considerava a moda fútil e passageira em oposição ao estilo, este sim, eterno.




fonte da reportagem: revista Lófficiel Brasil, coluna tragetória por Silvana Holzmeister, ano 2 nº 22
Descupas: a data da postagem está errada, mas como eu esqueci a senha do outro blog, eu postei esse texto como se fosse hoje!